quinta-feira, 7 de abril de 2016

Agora é tarde,
Já sei dos teus segredos,
De cada dobra e cada canto,
De tudo o que escondias
Quando passavas, distraída.

Ansiedade revelada,
Como em ti sonhei-me
Andarilho na carne
Que ostentavas virginal,
Somente imaginada!

Mas agora é tarde.
Devassando-te o corpo
Devassei-me inteiro,
Reduzido a prisioneiro
Que sozinho está morto.

Francisco Costa

Rio, 21/07/2015.

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