sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Resgate de porção exilada,
Cada poema é único,
Preciso e irrepetível
Porque um gutural grito:
Lançado ao mundo
Não voltará à garganta.

Poema repetido é eco,
Plágio do grito original,
Repetição da dor que,
Por bis, já é conhecida,
Trivial e suportável.

Busque em cada poema
Não o que ele diz
Mas o que esconde
Disfarçado nas palavras.

Encontrando, entregue-se
E confesse o crime:
Você tornou-se cúmplice.

Francisco Costa

Rio, 05/12/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário