sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Aqui, assim distraído, penso:
O que sonham os que sonham comigo?

Opaco, imune a luz que despejam,
Transito estranho em seus pensamentos
Ou decifram-me os meandros que escondo?
Apossam-se, submetendo-me revelado,
Ou edificam dúvidas, perguntas inúteis,
Sem respostas no meu corpo vagando sonho,
Irreais, como eu, porque apenas sonho?

Difuso e impreciso, apenas desconfiado,
Permito-me à posse e à submissão
Sempre que alguém sonha comigo.

Francisco Costa

Rio, 05/12/2014.

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