sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Quando a noite imprime o seu ritmo
De silêncio e memória atenta,
Sinto angustiadas saudades
De não sei o que nem de onde.

Há um espaço vazio que me oprime
E desgasta, como se me fracionasse
Em cacos separados, que percorro,
Um a um, íntimos e familiares,
Conhecidos, mas com a sensação
De que faltam alguns, perdidos,
Deixando-me incompleto.

É desses que tenho saudades,
Dos que me dão a sensação
De que não sou daqui,
Mas de outro lugar,
Onde estão os cacos que perdi.

Francisco Costa

Rio, 20/11/2014.

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