quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Porque este meu apreço às plantas,
Às clorofiladas irmãs, partícipes
Do meu espaço e do meu tempo?

De uma planta nunca se disse traiu-me,
Cometeu uma inconfidência, criminou
Uma oportunidade de alguém ser feliz.

Ainda não vi plantas nos noticiários,
Reclamando da inflação, da corrupção,
Fazendo exigências ou criticando,
Prontas para levarem vantagem em tudo.

Se aparecem é para ilustrar a insensatez
Das  motosserras, machados, queimadas,
Criando holocaustos verdes e inocentes
No nazismo do lucro.

E ao invés de vinganças, reagem cristãs,
Retribuindo com cores, flores, aromas...
Certas de que a maldade humana é tão má
Que só pode ser inocência.

Francisco Costa

Rio, 19/11/2014.

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