terça-feira, 18 de novembro de 2014

A cada vez que te olho estás diferente.
Ora és brisa, toque leve e passageiro,
Com cheiro de terra e flores, pêssegos.

Ora tens o solar brilho das manhãs,
Litorânea e faceira, arenosa e doce,
Com garças e gaivotas nos cabelos.

Logo depois és temporal, borrasca
Trovoando impaciência e raiva,
Chovendo sustos em mim encolhido.

Assim, sujeito às intempéries,
Dependente das tuas estações,
Permaneço atento às mudanças,
Sem saber o que serás daqui a pouco,
Se brisa, sol ou temporal em mim
Fascinado do que pode a natureza,
Cenário onde se encena a paixão.

Francisco Costa

Rio, 18/11/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário