sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Edificado em algodão
e plumas imaginárias,
frágil e vulnerável,
visto-me de falsa força,
momentânea altivez
e aparente competência.

Limitado em percalços,
impedimentos e derrotas,
imponho-me ao adiante,
mastigando obstáculos.

Mas quando só,
entre o espaço e o espelho
reduzo-me a menos
que plumas e algodão,
reduzido a só imaginário.

Entre intenções e gestos
esgrimo comigo,
sem nunca me saber
se vencido ou vencedor.

Sou apenas um apêndice
dos meus floretes
e espadas.

Sem luta não existo.

Francisco Costa
Rio, 17/07/2014.

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