sábado, 14 de junho de 2014

Efêmeras como libélulas tardias,
Perdidas no verão e no sol,
As moças passeiam nas calçadas,
Imunes aos meus olhos de cobiça
Penetrando na tarde morna.

Que pode um homem só, quieto
Diante da eternidade da tarde,
Hiato entre o meio dia e a noite,
Momento das assombrações
Alçadas da memória atenta?

Mas ainda é tarde e as moças passeiam,
Desfilam os cadenciados passos na tarde,
Anteparo de fixar imagens fugidias,
Breves como essas tardes que passam.

Francisco Costa
Rio, 09/06/2014.

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